sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

GESTAR II - ATIVIDADE PROPOSTA PELA FORMADORA AYA:
MEMÓRIAS

Tecendo minhas manhãsGESTAR II -Sábado, 27 de novembro de 2009

(Gianka Salustiano Bezerril)

Escrever é algo sempre desafiador, e quando esta escrita requer um trabalho de recuperação pelos fios da memória de um (per)curso de vida é mais inquietante e laborioso. Partindo desta observação, lembro-me de João Cabral de Melo Neto que em seu célebre poema Tecendo a manhã diz “Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos” e assim, inicio este relato com o desafio de rememorar as experiências mais importantes e os personagens mais ilustres que permearam as veredas por mim trilhadas no ensino fundamental. Os caminhos por mim percorridos, os conhecimentos conceituais e metodológicos que fiz uso foram, na verdade, uma mistura de concepções que só hoje identifico. Ao contrário da maioria das pessoas não foram os anos iniciais que marcaram minha trajetória, mas a adolescência.

Optar pela docência foi em minha história de vida uma escolha natural e espontânea, que não surgiu de nenhuma exigência de familiares nem pessoas afins, mas de uma série de experiências que desde pequena vivenciei no ambiente do lar e na escola. Meu pai sempre disponibilizou para mim, filha única por doze anos, um acervo de livros significativos em nossa estante, apesar de não ter tido uma formação acadêmica, era um autodidata, alguém que lia compulsivamente, e em meio ao seu silêncio de leitor atento, eu percebia a satisfação que seus olhos e sua expressão facial deixavam transparecer. Ele assim me envolvia sem saber no universo da leitura. Para mim, ela parecia sempre prazerosa, recheada de uma satisfação permanente que fazia dele um leitor em potencial.

Nasci em Natal, a capital do Rio Grande do Norte. Sou filha de pessoas com escolaridades bem distintas, meu pai um autodidata, cursou todo o ensino médio, mas optou por não seguir a carreira acadêmica como os outros irmãos, apesar de passar a maior parte de seu dia no Centro de Tecnologia da UFRN, seu local de trabalho; minha mãe não teve tantas oportunidades na vida, filha de agricultores, trabalhou bastante tempo na roça, arando a terra e ajudando os seis irmãos nas tarefas agrícolas e do lar junto a minha avó. No entanto, ambos, apesar de experiências de vida distintas, acreditavam na educação como um caminho para o acesso a outro mundo. Penso que não sabiam bem a qual, mas a um outro.

Uma segunda influência veio de minha mãe, apesar do pouco estudo, fez apenas a antiga quarta série, mas incentivava o meu gosto pela leitura. Quando ainda criança, dava-me de presente as antigas enciclopédias, livros bíblicos, manuais de redação e outros tantos exemplares de gêneros diversos vendidos por algum representante na porta da casa. Oferecer para mim o contato com os livros era uma forma de suprir suas dificuldades na leitura. Cientes do valor da educação formal, tive na figura de meus pais a minha primeira agência de letramento. Fui educada para chegar à Universidade, este era o sonho que os dois tinham a certeza e que se concretizaria.

Uma força poderosa em minha caminhada foram as escolas em que estudei, fiz da alfabetização ao ensino médio em escolas públicas e fui alfabetizada por uma professora particular, Tia Alba, mãe de uma grande amiga, descoberta depois. Minha mãe pensava que já devia chegar à escola alfabetizada, aos cinco anos e meio já lia com proficiência para uma criança daquela idade e aos nove anos era leitora oficial das novenas da vizinhança, percorria todo o bairro e de casa em casa fazia as leituras religiosas.

Essa fluência na leitura desenvolveu o prazer pela oralidade, lia sem vergonha os textos da igreja, depois os textos escolares, as cartas dos familiares destinadas a minha mãe, e hoje penso que a minha facilidade de comunicação e de exprimir o meu pensamento é resultado dessa experiência, desse contato muito íntimo com a expressão oral estimulada na infância. Acredito que sim.

A escola veio fortalecer o que a família e os amigos já estimulavam e com ela aprendi a otimizar o meu tempo e fazer minhas escolhas. Na 6ª série (7º ano) fui apresentada a José Lins do Rego e ao romance regionalista, estive nas terras do menino Doidinho, o Carlos, e misturei ficção à realidade. Visitar aquela fazenda na Paraíba foi mergulhar nas páginas dos livros que formavam o ciclo da cana-de-açúcar desse grande escritor. Experiência singular que traz um doce sabor acre, como as terras do velho avô de Carlos, o menino de engenho. Na ocasião, fomos apresentados, eu e meus colegas de turma, as marcas do cajado do velho senhor dono da fazenda, hoje não sei de fato se eram verdadeiras aquelas marcas no chão de barro da velha casa visitada, mas preciso crer que sim, são verossímeis, não posso nem ouso duvidar de minhas verdades de menina, são tudo que tenho e guardo num baú bem fechado, só abro quando preciso, como agora, em que tenho o desejo de compartilhar meus pequenos grandes sonhos de criança.

A escola foi para mim uma importante agência de letramento, tive a sorte de estudar em escolas públicas de excelente qualidade, já desde a 6ª série (hoje 7º ano) comecei o estudo da língua francesa e a paixão que carrego pelo idioma vem dessa época. O teatro me fez conhecer Castro Alves e até hoje me recordo de seu célebre poema “Navio Negreiro”: “ Meu Deus, Meu Deus por que me abandonaste?/Colombo arranca este pendão dos ares, Cabral fecha a porta de teus mares...”. Nesse período, já sentia uma sintonia com a Língua Portuguesa, fascinava-me a possibilidade de um dia entender os conceitos lingüísticos, saber mais sobre a morfologia, a sintaxe, a produção textual. Recordo-me que há alguns meses atrás, resolvi fazer uma limpeza no sótão e descobri verdadeiras relíquias desta época: anotações, rascunhos e textos em formato de artigos que fiz quando adolescente e surpreendi-me com a qualidade das produções. Esse gosto pela escrita já me fascinava desde cedo, já estava em mim.

Aos 12 anos, quando cursava a antiga 7ª série, no ano de 1983, perdi o meu autodidata, pessoa ícone em meu universo real e imaginário. Passei então a morar por um período de aproximadamente um ano, na casa de um primo muito próximo, praticamente irmão de meu pai já falecido, minha mãe decidi ficar longe de casa por um tempo, seu mundo também tinha ruído. Por esta época, convivi durante muito tempo com uma prima escritora, com a qual dividi o quarto, por um tempo, até ser infelizmente transferida para outro. Aquele quarto que para mim era objeto de desejo, com estantes que continham tudo aquilo que um leitor atento poderia almejar: livros de poesia, contos, crônicas, Machado de Assis, Vinícius de Morais, Zila Mamede, Florbela Espanca, Ana Cristina César, Câmara Cascudo, Auta de Souza e tantos outros que fomentavam ainda mais a minha paixão desenfreada pela literatura. Aquelas leituras, muitas vezes superficiais, de uma adolescente que não tinha ainda um repertório que abarcasse a complexidade de alguns textos, era a minha quarta grande agência de letramento. Escondia os livros que minha prima não gostava que mexessem, para no silêncio das tardes, quando ela saía, empreender minha viagem no mundo da ficção. Aprendi com seus poemas, um verso que trago para minha vida: “Quem não ama, o deserto assombra”.

Por essa época, comecei a rascunhar alguns textos poéticos, guardo este caderno de poesias em forma de diário, são poemas românticos que um dia penso em publicar. Poucos amigos daquela época sabiam do meu pendor para poesia.

Eu cresci em meio a esse universo letrado, e minha escolha em ser professora foi sustentada por essas pessoas: meu pai, minha mãe, minha prima, minha escola e os professores que felizmente tive nas escolas públicas pelas quais passei.

Acredito que as nossas agências de letramento, e essas práticas sociais e emotivas pelas quais passamos, determinam nossas escolhas, delineiam nosso caráter e nos fazem seres melhores ou piores. Como veem, no passado, eu não teci sozinha as minhas manhãs, precisei de muitos galos, fios sendo tecidos e retecidos, e hoje ainda necessito de professores como vocês com experiências diversas, semelhantes aqueles de minha infância, mas sobretudo educadores que sabem que a teoria sem a emoção não significa muito, e hoje quando já cheguei àquela Academia sonhada quando menina, por mim e pelos meus pais, é que sinto como ainda preciso de vocês para outras manhãs serem tecidas.



Oficina do Caderno de Teoria e Prática (TP6)
Formadora: Gianka Bezerril
Local: CENEP/RN
Data: 27/11/09
Carga horária: 4h

O objetivo desta oficina é identificar estratégias relacionadas ao planejamento e à revisão durante a escrita de textos.


Parte I (20 minutos)

Neste momento, fizemos as discussões sobre o conteúdo tratado nas unidades 21 e 22, também elucidamos algumas dúvidas dos cursistas e discutimos alguns pontos em relação ao conteúdo e à aplicação proposta.

Parte II (50 minutos)

Este é um momento de troca. Aqui o objetivo é contar como foi a aplicação do Avançando, partilhar acertos e dificuldades, por isso, os cursistas trouxeram o resultado de sua prática por escrito para entregar ao Formador e socializar com os colegas. Os cursistas relataram como se deu essa experiência: planejamento, dificuldades teóricas encontradas, dificuldades de aplicação, resultados positivos deles e dos alunos e avaliação do alcance de seus objetivos propostos.

Vejam um pouco do relatório e do material produzido por uma cursista em sua escola.



RELATÓRIO “AVANÇANDO NA PRÁTICA”

TP 6 – Unidade 21 – Seção 1

CURSISTA: Marinalva

O Avançando na Prática desenvolvido se encontra na TP-6, Unidade 21, Seção 1, página 23. Foi aplicado com alunos do 8º Ano “U”, da E. E. Casa do Menor Trabalhador, turno matutino, que visa identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos. Realizou-se da seguinte forma:

Foi posto no quadro o enunciado “Estudar é importante. Para alcançar um resultado positivo nos estudos e ter um final de ano mais feliz é preciso:”. Os alunos opinaram e escolheram-se algumas falas para registro no quadro. Então, teve início a discussão sobre as características, objetivo e a quem estava dirigido o texto em questão. Esclareceu-se que a primeira parte constituía a idéia principal, é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte. Seria a tese. A segunda parte apresentava os motivos, as razões usadas para convencer o leitor/ouvinte da validade da tese. Seriam os argumentos.

Depois disso, separaram-se em grupos e receberam a orientação para escolherem um assunto do interesse deles; que cada grupo criaria sua tese a ser defendida e os argumentos que a comprovaria. Ao término, cada grupo expôs oralmente seu trabalho. Essa atividade fluiu facilmente. Mesmo havendo a repetição de temas (trânsito) observaram que os argumentos diferenciavam-se.

A participação e o interesse dos alunos no desenvolvimento dessa atividade foram excelentes. Trocaram ideias não só com os colegas do próprio grupo, mas também com os demais. E em harmonia e tranqüilidade, o que não é comum em trabalhos como esse.

Atribuo o sucesso deste Avançando na Prática ao fato de já terem trabalhado a propaganda, texto que tem como característica principal o convencimento e o injuntivo, que se utiliza geralmente de verbos no imperativo. Esses recursos contribuíram bastante na produção desse texto argumentativo por ser mais diretivo e em forma de ordens explícitas ao leitor/destinatário.

O Avançando na Prática desenvolvido se encontra na TP-6, Unidade 21, Seção 1, página 23. Foi aplicado com alunos do 8º Ano “U”, da E. E. Casa do Menor Trabalhador, turno matutino, que visa identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos. Realizou-se da seguinte forma:

Foi posto no quadro o enunciado “Estudar é importante. Para alcançar um resultado positivo nos estudos e ter um final de ano mais feliz é preciso:”. Os alunos opinaram e escolheram-se algumas falas para registro no quadro. Então, teve início a discussão sobre as características, objetivo e a quem estava dirigido o texto em questão. Esclareceu-se que a primeira parte constituía a idéia principal, é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte. Seria a tese. A segunda parte apresentava os motivos, as razões usadas para convencer o leitor/ouvinte da validade da tese. Seriam os argumentos.

Depois disso, separaram-se em grupos e receberam a orientação para escolherem um assunto do interesse deles; que cada grupo criaria sua tese a ser defendida e os argumentos que a comprovaria. Ao término, cada grupo expôs oralmente seu trabalho. Essa atividade fluiu facilmente. Mesmo havendo a repetição de temas (trânsito) observaram que os argumentos diferenciavam-se.

A participação e o interesse dos alunos no desenvolvimento dessa atividade foram excelentes. Trocaram idéias não só com os colegas do próprio grupo, mas também com os demais. E em harmonia e tranqüilidade, o que não é comum em trabalhos como esse.

Atribuo o sucesso deste Avançando na Prática ao fato de já terem trabalhado a propaganda, texto que tem como característica principal o convencimento, que se utiliza geralmente de verbos no imperativo. Esses recursos contribuíram bastante na produção desse texto argumentativo por ser mais diretivo e em forma de ordens explícitas ao leitor/destinatário.

Parte III (150 minutos)
Nesta parte da oficina, os cursistas desenvolveram crônicas a partir de um trecho do texto de Moacyr Scliar, publicado em O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002. p. 155-156. Vejam um dos finais dados por uma das duplas:

Espírito Carnavalesco



“Ensaios da escola de samba Mocidade Alegre atrapalham sono de moradores

da região.”

Cotidiano, 29 jan. 2001

Cansado, ele dormia a sono solto, quando foi bruscamente despertado pela esposa, que o sacudia violentamente.

– Que aconteceu? – resmungou ele, ainda de olhos fechados.

– Não posso dormir. – queixou-se ela.

– Não pode dormir? E por quê?

– Por causa do barulho – ela, irritada: - Será possível que você não ouça?

Ele prestou atenção. De fato, havia barulho. O barulho de uma escola de samba ensaiando para o carnaval: pandeiros, tamborins… Não escutara antes por causa do sono pesado. O que não era o caso da mulher. Ela exigia providências.

– Mas o que quer você que eu faça? perguntou e, agora, também irritado.

– Quero que você vá lá e mande eles pararem com esse barulho.

- Afinal de contas a grande incomodada é você, eu estou com muito sono para me preocupar com escola de samba, não sou nenhum carnavalesco.


- Quanta falta de gentileza, você é mesmo um grosso. Pois irei mesmo, sou muito mulher para resolver meus problemas sozinha.


- Vá com Deus! E não me acorde quando voltar.


Horas depois a mulher retorna. O marido preocupado pergunta o porquê da demora, ele parecia não ter conseguido mais dormir e indaga:


- E aí mulher, por que demorou tanto? Saiu há mais de três horas!


- Agora você se preocupa, adorei ter ido.


- Qual o motivo da demora, explique logo?


- Quer saber mesmo? Ao chegar ao barracão, descobri que durmo demais, a galera toda me recebeu com muito samba no pé e resolvi curtir o resto da noite.


- O quê?


- É isso aí, curti e muito, agora vou dormir. Como disse: você não é nenhum carnavalesco. E não é mesmo. O que eu encontrei por lá é que tem ginga no pé. Boa noite ou bom dia!


Parte IV – Avaliação da oficina (20 minutos)

A avaliação do grupo em relação a oficina desenvolvida foi bastante satisfatória, percebemos o interesse de todos no desenvolvimento das atividades e debates, assim como, o empenho na produção da proposta de produção textual solicitada. Percebemos que o enredo do texto contribui no interesse dos alunos.

Parte V - Proposta de atividades (20 minutos)

Propomos o estudo dos temas discutidos e a leitura de alguns textos teóricos, já comentados em sala. Fizemos um levantamento oral dos principais pontos discutidos ao longo das demais oficinas e traçamos algumas estratégias de planejamento para 2010. Salientando a importância do estudo sistemático das TPs estudadas.






GESTAR II - TP5
1ª Oficina do Caderno de Teoria e Prática (TP5)
Formadora: Gianka Bezerril
Local: CENEP/RN
Data: 24/10/09
Carga horária: 4h

Após as saudações iniciais, expomos os objetivos da nossa aula:


1- compreender a noção de estilo no domínio da linguagem e o objetivo daEstilística;
2- reconhecer alguns recursos expressivos ligados ao som e à palavra;
3- relacionar os discursos direto, indireto e indireto livre a alguns recursos expressivos da frase e da enunciação;
4- caracterizar a coerência na inter-relação entre textos verbais e não verbais;
5- verificar como se constrói a coerência nos textos;
6- analisar como se estabelece a unidade de sentidos em um texto.
A primeira parte da reunião foi reservada para comentários e sugestões a respeito dos assuntos e atividades focalizados nessas duas unidades. Retomamos as unidades 17 e 18 do TP5 desenvolvendo um estudo com explanação oral, debates e acompanhamento em slides dos conceitos de estilo, estilística fônica e da frase, coerência e coesão textual, tipos de discurso e competência sociocomunicativa relacionando-a com o estudo dos gêneros. O estudo foi bastante satisfatório, todos colocaram suas dúvidas e saberes sobre a temática. Foi um momento bastante elucidativo.

Parte II - Relato de experiência (50 minutos)


Aqui o objetivo é partilhar acertos e dificuldades, por isso, os cursistas trouxeram o resultado de sua prática por escrito para entregar ao Formador e apresentar aos colegas. Propomos a escolha de uma das atividades sugeridas nessas duas unidades sob o título de Avançando na prática pedagógica, os cursistas relataram como se deu essa experiência: planejamento, dificuldades teóricas encontradas, dificuldades de aplicação, resultados positivos deles e dos alunos e avaliação do alcance de seus objetivos propostos.
Vejam um pouco do relatório e do material produzido por uma cursista em sua escola:


RELATÓRIO DO AVANÇANDO NA PRÁTICA - TP5
CURSISTA: MARINALVA
ESCOLA: CASA DO MENOR TRABALHADOR
Este Avançando na Prática foi realizado com alunos do 6º ano “A”, da Escola Estadual Casa do Menor Trabalhador, turno matutino. Refere-se à TP 5, Unidade 18, seção 3 (que tem por objetivo analisar como se estabelece a unidade de sentidos de um texto), página 105.
O fator determinante para escolha desse Avançando na Prática foi a familiaridade que esses alunos têm com histórias em quadrinhos, visto que a Escola recebe regularmente a revista “Sesinho”, doação feita através de convênio com o SESI. Esse gibi trata de vários temas importantes e interessantes, e sempre trabalhados em sala de aula.
A tarefa consistia em escrever diálogos em uma história em quadrinhos, coerentes entre si e com o contexto mostrado nas figuras.
Anteriormente, como sugerido, foi apagada a parte escrita e fez-se um recorte/colagem dos quadrinhos da história original (anexo 1) para aumentar o espaço dos balões (anexo 2) facilitando, assim, a questão espacial para escrita pelos alunos. Após receberem o trabalho houve uma análise para a apreensão do tema e do fio condutor da história, discutindo-se os seguintes pontos:
• Tipo desse texto;
• Diferenças dele para outros do mesmo tipo já lidos;
• Diferenças dos balões e o que representam;
• Linguagem verbal e não verbal;
• Importância da legenda nos/para os quadrinhos;
• Os personagens;
• Importância da expressão facial dos personagens para construção e compreensão do texto, entre outros.


Alguns alunos montaram a história oralmente e, só então, foram instruídos a produzirem o texto escrito.
Observando-se essas produções textuais percebem-se alguns problemas em relação à grafia correta, iniciar frases com letra minúscula, ausência de pontuação, mas, no geral, houve grande avanço, se comparar a outros trabalhos escritos já desenvolvidos por eles. Muitos se referiram ao presente do dia da criança por esta tarefa ter sido realizada logo após a comemoração dessa data.
Apesar de todo direcionamento, esclarecimentos e informações dadas e recebidas, três alunos do universo total, não compuseram coerentemente o texto verbal, apresentando as seguintes falhas:
Anexo 1: a fala do último quadrinho leva a entender que o presente recebido foi um livro.
Anexo 2: no penúltimo quadrinho as falas estão trocadas; no último quadrinho a fala ficou totalmente fora do contexto, levando a acreditar que o aluno não entendeu a utilidade dada ao estilingue recebido pelo personagem.
Anexo 3: a fala do quinto quadrinho mostra que a aluna não percebeu a diferença na forma do balão do quadrinho anterior e sua função nas histórias em quadrinhos, pois acha que o menino (personagem) matou realmente o passarinho. A fala no último quadrinho mostra que, para ela, não ficou clara a intenção do garoto: usar o estilingue presenteado para transportar seu material escolar. Como também, o leitor, de acordo com essa fala, entende que o presente foi um livro, não o estilingue.
O resultado final no desenvolvimento dessa atividade foi bastante satisfatório, pois se alcançou o seu objetivo maior: produzir um texto coerente com o contexto mostrado nas gravuras.
Ampliando e dando continuidade a esse trabalho, posteriormente serão trabalhadas as falhas ortográficas de modo geral e a incoerência textual detectada nas produções, em particular. Para concluir, transformarão o texto em quadrinhos para o discurso direto, onde será ressaltado o uso do travessão em substituição aos balões.


Parte III - Proposta de atividades (120 minutos)
Nesta unidade, foi focalizada a construção da coerência textual e os aspectos lingüísticos e sócio-comunicativos responsáveis pela continuidade de sentidos de um texto. Propomos, como base de análise, o texto publicitário disponibilizado na TP5, em anexo, veiculado em vários canais de mídia escrita.


- Formamos grupos, de não mais de quatro pessoas;
- Discutimos como a coerência textual é construída a partir da articulação entre informações do texto e experiências prévias que os leitores têm a respeito do assunto;
- Relacionamos os sentidos construídos pela linguagem verbal e pela não verbal.
- Observamos os efeitos de sentido do texto como um todo e, depois, analisamos cada parte;
- Registramos o resumo das observações do grupo em papel ofício, e socializamos oralmente para o grande grupo, comparando e somando as contribuições para chegarmos a um maior aprofundamento de análise.

Parte IV – Avaliação da oficina (20 minutos)
A avaliação do grupo em relação a oficina desenvolvida foi bastante satisfatória, percebemos o interesse de todos no desenvolvimento das atividades e debates, assim como, o empenho na produção da proposta de produção textual solicitada. Percebemos que a linguagem não verbal contribui no interesse dos alunos.

Parte V - Proposta de atividades (20 minutos)
Propomos o estudo dos temas discutidos e a leitura de alguns textos teóricos, já comentados em sala. Provocamos a curiosidade pelas unidades 19 e 20 e salientamos a necessidade de se desenvolver mais um Avançando na Prática para ser socializado no próximo encontro.


GESTAR II –Sábado, 12 de setembro de 2009
1ª Oficina do Caderno de Teoria e Prática (TP 4)
Formadora: Gianka S. Bezerril
Local: CENEP/RN
Data: 12/09/09
Carga horária: 4h

Parte I – (60 minutos)
Após as saudações iniciais, expomos os objetivos da nossa aula:
1 – Sistematizar e aprofundar as reflexões sobre letramento e o processo de escrita.
2 – Desenvolver a leitura e a prática dos Cursistas com relação ao trabalho com textos.

A primeira parte da reunião foi reservada para comentários e sugestões a respeito dos assuntos e atividades focalizados nessas duas unidades. Desenvolvemos um estudo com explanação oral, debates e acompanhamento em slides dos conceitos abordados nas unidades (13 e 14) da TP4. Todos tiveram a oportunidade de expor seus pontos de vista e dúvidas mais importantes e de maior interesse para o grupo, na medida do possível elucidamos as questões pendentes. O trabalho com o texto de referência foi muito interessante, cada cursista presente respondeu individualmente às questões sugeridas no texto de referência e depois expôs para o grande grupo, fomentando boas discussões e aprendizagem.
Vejam os textos produziodos pelos cursistas em resposta ao texto de referência:
IMAGENS DO TEXTO DE REFERÊNCIA (EM BREVE)
Parte II - Relato de experiência (50 minutos)

Partilhando acertos e dificuldades, os cursistas trouxeram os resultados de suas práticas por escrito para entregar ao Formador e apresentar aos colegas. Percebemos ainda a dificuldade de alguns cursistas em trazer seus relatórios, preferindo expor suas experiências de forma oral, no entanto, o registro é sempre solicitado e indispensável na constituição de seu portifólio. Os cursistas relataram como se deu essa experiência: planejamento, dificuldades teóricas encontradas, dificuldades de aplicação, resultados positivos deles e dos alunos e avaliação do alcance de seus objetivos propostos.
Vejam um pouco do relatório e do material produzido pelos cursistas em suas escolas:


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA
SUBCOORDENADORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL – SUEF
GESTAR – PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

RELATÓRIO “AVANÇANDO NA PRÁTICA”


MÓDULO: TEORIA E PRÁTICA IV
UNIDADE: 14

FORMADORA: GIANKA S. BEZERRIL
CURSISTA: TEREZINHA AZEVEDO DA SILVA

IMAGENS DO RELATÓRIO (EM BREVE)

Parte III - Proposta de atividades (120 minutos)
Nosso terceiro passo foi propor uma atividade com o texto "Cidadizinha Qualquer":1. Temos aqui uma proposta de atividade. Você deve se juntar a dois ou três outros colegas e desenvolvê-la.Planeje atividades de leitura, interpretação e produção de textos visando à análise, caracterização e classificação do poema.
Neste momento, os alunos formaram dois grupos e iniciaram o trabalho que foi concluído com sucesso.

Parte IV – Avaliação da oficina (20 minutos)
A avaliação do grupo em relação à oficina foi bastante satisfatória, percebemos o interesse de todos no desenvolvimento das atividades e debates, assim como, o empenho na produção da proposta solicitada, muito embora ela não tenha sido entregue no momento da oficina, ficando para o encontro seguinte a devolutiva por parte dos cursistas.


Parte V – Próximas unidades (20 minutos)
Propomos a leitura das unidade (15 e 16) da TP4. Provocamos a curiosidade pelas unidades e salientamos a necessidade de se desenvolver mais um Avançando na Prática para ser socializado no próximo encontro.

GESTAR II –Sábado, 27 de junho de 2009
2ª Oficina do Caderno de Teoria e Prática (TP3)
Formadora: Gianka S. Bezerril
Local: CENEP/RN
Data: 27/06/09
Carga horária: 4h
Parte I – (30 minutos)

Após as saudações iniciais, expomos os objetivos da nossa aula:1 – Caracterizar seqüências tipológicas narrativas e descritivas;
2 – Caracterizar sequências tipológicas injuntivas e preditivas;3 – Caracterizar seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo.
4 - Relacionar seqüências tipológicas à classificação de gêneros;5 – Analisar seqüências tipológicas;6 – Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro.
No primeiro momento foram feitos comentários e sugestões a respeito dos assuntos e atividades focalizados nessas unidades. Retomamos as unidades 9 e 10 do TP3 desenvolvendo um estudo com explanação oral e debates; em seguida, voltamos nossa atenção para o estudo das sequências textuais, observando a predominância de uma sequência em detrimento de outras, na determinação da tipologia textual; e por último debatemos as finalidades do gênero e as maneiras de explorar os jogos de linguagem.

Parte II - Relato de experiência (50 minutos)

Aqui o objetivo é partilhar acertos e dificuldades, por isso, o cursista trouxe o resultado de sua prática por escrito para entregar ao Formador e apresentar aos colegas. Percebemos que alguns cursistas ainda relutam em trazer seus relatórios, preferindo expor suas experiências de forma oral, no entanto, o registro é sempre solicitado e indispensável na constituição de seu portifólio virtual. Propomos a escolha de uma das atividades sugeridas nessas duas unidades sob o título de Avançando na prática pedagógica, os cursistas relataram como se deu essa experiência: planejamento, dificuldades teóricas encontradas, dificuldades de aplicação, resultados positivos deles e dos alunos e avaliação do alcance de seus objetivos propostos.
Selecionamos um avançando na prática da unidade 11, seção 2, da cursista Marinalva, para ilustrar este relatório, os demais atividades desenvolvidas com os alunos estão no blog dos cursistas.



RELATÓRIO “AVANÇANDO NA PRÁTICA”
MÓDULO: TEORIA E PRÁTICA III (TP3)
UNIDADES: 11 E 12
FORMADORA: GIANKA S. BEZERRIL
CURSISTA: MARINALVA DA SILVA AVELINO

Parte III - Proposta de atividades

Nosso terceiro passo seria propor uma atividade com o texto “Composição: o salário mínimo”. No entanto, a apresentação do Avançando e os debates extrapolaram nosso horário. Resolvi, por falta de tempo, apresentar textos em PowerPoint e desenvolvemos as questões sugeridas na oficina de forma oral.
Neste momento, os alunos formaram um grande grupo e discutiram coletivamente, sob a minha condução, um debate em torno das imagens multimodais apresentadas. Cada aluno deu sua opinião acerca das várias seqüências expostas.

Parte IV – Avaliação da oficina (20 minutos)

A avaliação do grupo em relação à oficina desenvolvida foi bastante satisfatória, mas infelizmente por falta de tempo optamos, formador e cursistas, por nos estendermos mais na parte das sequências tipológicas. O interesse de todos foi grande por este assunto e não fizemos a proposta de análise do texto de Jô Soares, como sugerido. No entanto, a atividade foi feita em parte, porque trabalhamos com outros textos em PowerPoint e desenvolvemos as questões sugeridas na oficina e o debate das mesmas de forma oral. O estudo foi bastante satisfatório, todos colocaram suas dúvidas e saberes sobre a temática. Foi um momento de muita aprendizagem.

Parte V – Próximas unidades (20 minutos)

Propomos o estudo das questões referente ao letramento sugeridas na oficina e a leitura de alguns textos teóricos, já comentados em sala, anteriormente. Provocamos a curiosidade pelas unidades 13 e 14.
Questões sugeridas:
O que a palavra letramento traz a sua mente?
Como você acha que leitura, escrita e letramento se relacionam?
Você já leu muitos textos acerca dessa temática? Quais?



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